A CASA DO OSCAR

Monday, June 25, 2007

PROCURADOR É ACUSADO DE RACISMO AO XINGAR POLICIAL DURANTE DISCUSSÃO DE TRÂNSITO NO RIO

Um acidente na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, terminou nesta madrugada com um motorista e um amigo que se identificou como procurador do estado presos - acusados, respectivamente, de dirigir bêbado e chamar um sargento da Polícia Militar de "crioulo". Segundo o policial responsável pela ocorrência, o procurador Cláudio Roberto Pieruccetti Marques, 32 anos, precisou ser dominado antes de ser preso, depois de ofendê-lo com palavras racistas.

A colisão que provocou o tumulto aconteceu por volta das 3h50, no trecho da Avenida Vieira Souto entre os hotéis Ceasar Park e Sol Ipanema e envolveu o Palio placa LNL 6403 e o Fox placa KXV 0499. Depois da batida, o primeiro veículo ficou na ciclovia da orla de Ipanema e o segundo, nas areias da praia. Segundo o sargento Marcelo Silva (na foto, conduzindo Elias), do 23º BPM (Leblon), que teria sido ofendido no tumulto, o motorista do Fox, Elias Camilo Jorge Junior, visivelmente alcoolizado, bateu na traseira do Palio. Ele ficou com um corte no queixo depois da colisão.

A confusão teria começado depois que Elias chamou seu amigo Cláudio Roberto, que chegou ao local num terceiro veículo. Segundo o sargento, o procurador queria levá-lo para Hospital Samaritano (Botafogo), em vez do Hospital Miguel Couto e da 14ª DP (Leblon), percurso considerado correto pelo policial.

Segundo Marcelo, diante da recusa, Cláudio teria ficado exaltado e colocado a carteira de procurador na cara do policial. Depois, durante a discussão, teria dito que, apesar de fardado, o PM não passava "de um crioulo". Também de acordo com o policial, o procurador não aceitou a voz de prisão que recebeu e também quis prendê-lo. Cláudio precisou ser dominado, com a ajuda do motorista do Palio, outra vítima do acidente.

O procurador foi levado algemado á delegacia. Durante o depoimento, ele pediu desculpas ao sargento pelas ofensas, e por isso acabou sendo liberado.
Associação defende procurador

A Associação dos Procuradores do Estado do Rio de Janeiro informou que o procurador Cláudio Roberto Pieruttetti Marques, 32 anos, que foi acusado de racismo pelo sargento Marcelo, da PM, disse que não chamou o policial militar de "crioulo", conforme foi veiculado pela imprensa. De acordo com a Aperj, no aditamento do Boletim de Ocorrência nem injúria restou, muito menos registro de racismo. A assessoria de Comunicação da instituição ponderou ainda que se, de fato, ele tivesse sido acusado do crime, teria ficado preso, uma vez que o delito é inafiançável.

No termo de declaração feito na delegacia, o procurador teria negado ter chamado o policial de crioulo e feito questão de registrar que, apesar de não ter ofendido ninguém, ele pedia desculpas, caso alguém tivesse se sentido ofendido por alguma coisa. Cláudio Roberto afirmou que pretendia apenas prestar socorro ao amigo, Elias Camilo Jorge Júnior, que acabara de sofrer um acidente. Sua intenção foi levá-lo a um hospital particular, em vez de ir para o Miguel Couto.

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