DNA EUROPEU? EU FORA....
Não posso perder a oportunidade de comentar sobre a reportagem de Zuleide Silva, apresentada na edição de ontem (29/5) no Jornal Nacional. Claro que, após começar contando o caso dos dois irmãos gêmeos que ao se inscreverem para o Vestibular de Inverno da UnB, pelo sistema de cotas, não foram aceitos - ou melhor, um deles teve a inscrição indeferida por não ser "negro" (os dois são filhos de pai negro e mãe branca), a reportagem seguiu apresentando uma, digamos, curiosa pesquisa genética. Nela, nove personalidades negras, entre elas a ginasta Daiane dos Santos e o cantor Neguinho da Beija-Flor, foram considerados geneticamente europeus, por terem uma maior carga genética eurodescendente em relação a origem africana.
Ora, esse tipo de constatação mostra que somos um país miscigenado? Somos sim, mas não podemos nos furtar ao fato de que somos negros sim. Que nossa pele, nossos cabelos, nosso corpo, nossa mente e nossa alma é sim negra, é sim afrodescendente.
Todos nós somos sim miscigenados, até porque o mulato e a mulata nasceu de uma mistura obrigada, forçada, violada. Foram sim os descendentes europeus - portugueses - que ao receberem seus escravos, exigiam das mulheres negras não só a mesa, mas também a cama. E foi assim que muitos negrinhos e negrinhas passaram a ser os novos cidadãos brasileiros. Misturados, com sangue negro e europeu. Nada que foi dito nesta matéria foi uma grande novidade. No Brasil e na América, que é o Novo Mundo, a miscigenação é real e elevada.
O que deve ficar claro é que está sim havendo uma forte campanha da mídia, ou melhor da Rede Globo de Televisão em inibir a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. Também há manobras políticas para derrubar o Decreto 4.887, de 20 de novembro de 2003, que dá acesso à terra e a propriedade aos quilombolas. São manobras políticas, latifundiárias, elitistas, que ganham eco e ressonância pelas lentes da maior rede de televisão aberta do país.
Em meio ao debate sobre o DNA europeu. Até posso ter sangue europeu e português, já que meu sobrenome é Marques Cardoso. É sim europeu, tanto pelo Marques, quanto pelo Cardoso. Mas querem saber....
DNA EUROPEU, EU FORA.....
Ora, esse tipo de constatação mostra que somos um país miscigenado? Somos sim, mas não podemos nos furtar ao fato de que somos negros sim. Que nossa pele, nossos cabelos, nosso corpo, nossa mente e nossa alma é sim negra, é sim afrodescendente.
Todos nós somos sim miscigenados, até porque o mulato e a mulata nasceu de uma mistura obrigada, forçada, violada. Foram sim os descendentes europeus - portugueses - que ao receberem seus escravos, exigiam das mulheres negras não só a mesa, mas também a cama. E foi assim que muitos negrinhos e negrinhas passaram a ser os novos cidadãos brasileiros. Misturados, com sangue negro e europeu. Nada que foi dito nesta matéria foi uma grande novidade. No Brasil e na América, que é o Novo Mundo, a miscigenação é real e elevada.
O que deve ficar claro é que está sim havendo uma forte campanha da mídia, ou melhor da Rede Globo de Televisão em inibir a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. Também há manobras políticas para derrubar o Decreto 4.887, de 20 de novembro de 2003, que dá acesso à terra e a propriedade aos quilombolas. São manobras políticas, latifundiárias, elitistas, que ganham eco e ressonância pelas lentes da maior rede de televisão aberta do país.
Em meio ao debate sobre o DNA europeu. Até posso ter sangue europeu e português, já que meu sobrenome é Marques Cardoso. É sim europeu, tanto pelo Marques, quanto pelo Cardoso. Mas querem saber....
DNA EUROPEU, EU FORA.....
1 Comments:
At 1/6/07, Cé S. said…
Cara, parabéns pelo post e pelo blog! Tá excelente!
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