ENCONTRO NACIONAL DA JUVENTUDE NEGRA É ABERTO NA BAHIA
O compromisso da juventude negra na construção de um país mais justo e sem racismo dará a tônica do Enjune (Encontro Nacional de Juventude Negra), que começou nesta sexta-feira (27), às 18h30, no Colégio Municipal 02 de julho, em Lauro de Freitas(BA). A solenidade terá a presença de lideranças do Movimento Negro, jovens de todas as regiões brasileiras e autoridades governamentais, como a ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro; o secretário nacional de Juventude, Beto Cury; e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.
Realizado por iniciativa de jovens líderes negros, também responsáveis pela organização do encontro, o Enjune é uma resposta propositiva aos principais problemas que acometem esse segmento como a violência dos grandes centros urbanos, acesso e permanência na educação, oportunidades de trabalho e geração de renda, saúde e relações internacionais, incluindo temas globais como combate ao racismo, relações de gênero, liberdade sexual, meio ambiente, comunicação e novas tecnologias, segurança pública, entre outros. Ao final do encontro, será anunciada a constituição do Fórum Nacional de Juventude Negra.
Em recente entrevista ao boletim do Enjune, o ativista baiano do MNU (Movimento Negro Unificado) e um dos articuladores da Campanha Reaja ou Será Mort@, Lio Nzumbi, expôs sua expectativa em relação ao encontro. “Acredito que o ENJUNE é um momento ímpar onde a juventude negra vai ter a oportunidade de articular demandas frente ao poder público, além de fortalecer os elos que façam das instâncias de juventude negra, pessoas e militantes, um bloco coeso”, disse.
Durante os três dias do encontro, cerca de 650 jovens de 15 a 29 anos aprofundarão reflexões sobre temas de interesse nacional, contando com a contribuição de 60 convidados, entre eles gestores federais da Seppir, Secretaria Nacional de Juventude, Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Secretaria Especial de Direitos Humanos e ministérios da Cultura, Justiça, Educação, Saúde, Desenvolvimento Agrário, das Comunicações, Meio Ambiente, e Trabalho e Emprego.
Rodas de Discussão
A grande discussão do primeiro dia do Enjune será tratada no painel Genocídio da Juventude Negra, por Hamilton Borges, Alexandre Garnizé, Deise Benedito e Seba Vassou, quando também será proposta campanha nacional para sensibilização frente à problemática.
No sábado (28), a programação estimula a interação entre os jovens militantes e ativistas com anos de engajamento social em painéis como Novas Perspectivas na Militância Étnico-racial e Juventude Negra e Diáspora Africana. Experiências internacionais também serão expostas por representantes da Rede Afro-venezuelana de Juventude Negra e Rede Latino-americana de Juventude Negra.
Ainda no sábado, quando os trabalhos se reiniciarem à tarde as Rodas de Discussão Enjune expandem os olhares sobre questões sociais fundamentais para justiça social, como cultura; segurança, vulnerabilidade e risco social; educação; saúde da população negra; terra e moradia; comunicação e tecnologia; religião do povo negro brasileiro; meio ambiente e desenvolvimento sustentável; trabalho; inserção social nos espaços políticos; políticas de reparações e ações afirmativas; gênero e feminismo; identidade de gênero e orientação sexual; e inclusão de pessoas com deficiência.
Comunicação
Projetos desenvolvido na área de comunicação étnica e imprensa negra também serão apresentados como alternativa de informação e disseminação de conteúdo sobre as relações raciais no Brasil, como o Jornal Irohin, Mama Press, Fotógrafo Negro em Cena, Revista Raça e Tv da Gente.
De acordo com o publicitário Paulo Rogério Nunes, coordenador do Instituto de Mídia Étnica e palestrante da Roda de Discussão sobre Comunicação e Tecnologia, os meios de comunicação e as novas tecnologias são fundamentais para o crescimento profissional da juventude negra no mercado de trabalho.
“Estamos diante de uma conjuntura internacional, onde a tecnologia da informação é estratégica para o desenvolvimento dos países. A barreira do racismo impede que os negros e negras do Brasil tenham acesso à tecnologia e à produção científica. A comunicação é um espaço de formação do pensamento, de construção política, ela é extremamente importante para construir esse novo projeto político que propomos para a sociedade”, declarou Nunes em entrevista ao primeiro número do informativo eletrônico do Enjune.
ENCONTRO NACIONAL DA JUVENTUDE NEGRA
Data: 27 a 29 de julho de 2007
Local: sexta-feira (27), abertura no Colégio Municipal 02 de julho (Rua São Cristóvão, s/n, bairro Itinga), Lauro de Freitas/BA.
Informações: www.enjune.com.br
Realizado por iniciativa de jovens líderes negros, também responsáveis pela organização do encontro, o Enjune é uma resposta propositiva aos principais problemas que acometem esse segmento como a violência dos grandes centros urbanos, acesso e permanência na educação, oportunidades de trabalho e geração de renda, saúde e relações internacionais, incluindo temas globais como combate ao racismo, relações de gênero, liberdade sexual, meio ambiente, comunicação e novas tecnologias, segurança pública, entre outros. Ao final do encontro, será anunciada a constituição do Fórum Nacional de Juventude Negra.
Em recente entrevista ao boletim do Enjune, o ativista baiano do MNU (Movimento Negro Unificado) e um dos articuladores da Campanha Reaja ou Será Mort@, Lio Nzumbi, expôs sua expectativa em relação ao encontro. “Acredito que o ENJUNE é um momento ímpar onde a juventude negra vai ter a oportunidade de articular demandas frente ao poder público, além de fortalecer os elos que façam das instâncias de juventude negra, pessoas e militantes, um bloco coeso”, disse.
Durante os três dias do encontro, cerca de 650 jovens de 15 a 29 anos aprofundarão reflexões sobre temas de interesse nacional, contando com a contribuição de 60 convidados, entre eles gestores federais da Seppir, Secretaria Nacional de Juventude, Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Secretaria Especial de Direitos Humanos e ministérios da Cultura, Justiça, Educação, Saúde, Desenvolvimento Agrário, das Comunicações, Meio Ambiente, e Trabalho e Emprego.
Rodas de Discussão
A grande discussão do primeiro dia do Enjune será tratada no painel Genocídio da Juventude Negra, por Hamilton Borges, Alexandre Garnizé, Deise Benedito e Seba Vassou, quando também será proposta campanha nacional para sensibilização frente à problemática.
No sábado (28), a programação estimula a interação entre os jovens militantes e ativistas com anos de engajamento social em painéis como Novas Perspectivas na Militância Étnico-racial e Juventude Negra e Diáspora Africana. Experiências internacionais também serão expostas por representantes da Rede Afro-venezuelana de Juventude Negra e Rede Latino-americana de Juventude Negra.
Ainda no sábado, quando os trabalhos se reiniciarem à tarde as Rodas de Discussão Enjune expandem os olhares sobre questões sociais fundamentais para justiça social, como cultura; segurança, vulnerabilidade e risco social; educação; saúde da população negra; terra e moradia; comunicação e tecnologia; religião do povo negro brasileiro; meio ambiente e desenvolvimento sustentável; trabalho; inserção social nos espaços políticos; políticas de reparações e ações afirmativas; gênero e feminismo; identidade de gênero e orientação sexual; e inclusão de pessoas com deficiência.
Comunicação
Projetos desenvolvido na área de comunicação étnica e imprensa negra também serão apresentados como alternativa de informação e disseminação de conteúdo sobre as relações raciais no Brasil, como o Jornal Irohin, Mama Press, Fotógrafo Negro em Cena, Revista Raça e Tv da Gente.
De acordo com o publicitário Paulo Rogério Nunes, coordenador do Instituto de Mídia Étnica e palestrante da Roda de Discussão sobre Comunicação e Tecnologia, os meios de comunicação e as novas tecnologias são fundamentais para o crescimento profissional da juventude negra no mercado de trabalho.
“Estamos diante de uma conjuntura internacional, onde a tecnologia da informação é estratégica para o desenvolvimento dos países. A barreira do racismo impede que os negros e negras do Brasil tenham acesso à tecnologia e à produção científica. A comunicação é um espaço de formação do pensamento, de construção política, ela é extremamente importante para construir esse novo projeto político que propomos para a sociedade”, declarou Nunes em entrevista ao primeiro número do informativo eletrônico do Enjune.
ENCONTRO NACIONAL DA JUVENTUDE NEGRA
Data: 27 a 29 de julho de 2007
Local: sexta-feira (27), abertura no Colégio Municipal 02 de julho (Rua São Cristóvão, s/n, bairro Itinga), Lauro de Freitas/BA.
Informações: www.enjune.com.br
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