ENTIDADES REPUDIAM CASO DE RACISMO EM CAXIAS DO SUL
Caxias do Sul, 19/4/2011 - Uma frase proferida pelo fundador de uma rede de supermercados para a operadora de caixa Queren Pereira de Souza Oliveira, 23 anos, fez entidades em defesa do negro se manifestarem contra o acusado de racismo, Orlando Andreazza, 80. Grávida de sete meses, Queren registrou ocorrência por ser abordada com a seguinte pergunta:
— Você sabe a semelhança entre um Fusca quebrado na esquina e uma negra barriguda?
Uma funcionária teria dito em seguida:
— Você não entendeu? Os dois estão esperando um macaco!
Para o presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra (Comune), Sérgio Ubirajara da Silva Rosa, esse tipo de fato não é isolado, e ainda há muito preconceito em Caxias:
— Uma brincadeira dessas sempre tem um fundo de preconceito. Tanto é verdade que não causou indignação nos demais funcionários, que terminaram rindo de tudo. Eles também não são muito diferentes de quem fez a brincadeira estúpida.
O diretor da União de Negros pela Igualdade (Unegro) em Caxias disse que chega ao seu conhecimento, em média, cinco casos por ano de trabalhadores reclamando de racismo nas empresas.
— É de se responsabilizar a empresa, porque é onde a jovem exercia sua função. O proprietário deveria ser exemplo por estar empregando, mas no íntimo dele a questão racial é forte e ele acabou faltando com respeito _ opina.
Coordenador da Igualdade Racial, órgão da Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social, Diógenes Antônio de Oliveira Brazil também lamentou o episódio:
— São pessoas que guardam a maldade dentro delas. Quando ele externa esse tipo de sentimento é porque tem uma antipatia com a comunidade negra. Ela vai precisar de um tratamento psicológico por conta do fato, mas ele também precisa.
FONTE: JORNAL PIONEIRO, CAXIAS DO SUL, RS
— Você sabe a semelhança entre um Fusca quebrado na esquina e uma negra barriguda?
Uma funcionária teria dito em seguida:
— Você não entendeu? Os dois estão esperando um macaco!
Para o presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra (Comune), Sérgio Ubirajara da Silva Rosa, esse tipo de fato não é isolado, e ainda há muito preconceito em Caxias:
— Uma brincadeira dessas sempre tem um fundo de preconceito. Tanto é verdade que não causou indignação nos demais funcionários, que terminaram rindo de tudo. Eles também não são muito diferentes de quem fez a brincadeira estúpida.
O diretor da União de Negros pela Igualdade (Unegro) em Caxias disse que chega ao seu conhecimento, em média, cinco casos por ano de trabalhadores reclamando de racismo nas empresas.
— É de se responsabilizar a empresa, porque é onde a jovem exercia sua função. O proprietário deveria ser exemplo por estar empregando, mas no íntimo dele a questão racial é forte e ele acabou faltando com respeito _ opina.
Coordenador da Igualdade Racial, órgão da Secretaria de Segurança Pública e Proteção Social, Diógenes Antônio de Oliveira Brazil também lamentou o episódio:
— São pessoas que guardam a maldade dentro delas. Quando ele externa esse tipo de sentimento é porque tem uma antipatia com a comunidade negra. Ela vai precisar de um tratamento psicológico por conta do fato, mas ele também precisa.
FONTE: JORNAL PIONEIRO, CAXIAS DO SUL, RS
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