A CASA DO OSCAR

Monday, July 02, 2007

DEBATE SOBRE COTAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA FICA PARA 13 DE JULHO

Após ser adiada mais uma vez, em razão de dar visibilidade e acompanhamento a reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que aprovou na última sexta-feira (29/6) a implantação do sistema de cotas para o ingresso de estudantes negros, deficientes e indígenas na instituição já no Vestibular de Verão de 2008, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) remarcou a audiência para debater o tema para o próximo dia 13 de julho. Até lá a mobilização de entidades estudantis e do Movimento Negro gaúcho promete ser grande na principal universidade pública do interior gaúcho.

De acordo com o dirigente do Movimento Negro Unificado (MNU) em Santa Maria, Jorge Marinho, as ações já começam nesta segunda-feira (2). Alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Augusto Ruschi, em Santa Maria, serão visitados por dirigentes da União Santamariense de Estudantes Secundáristas e também pelo MNU. Os encontros contarão com debates e palestras em torno das políticas de ações afirmativas, com destaque ao sistema de cotas. "Vamos para as salas de aula convocar os estudantes a participar da reunião do Conselho Universitário da UFSM. Queremos que os estudantes, principalmente os alunos da rede pública se integrem também nas discussões, pois também serão os grandes beneficiados com o sistema de cotas", defende Marinho. Segundo levantamento feito pela União Santamariense de Estudantes Secundaristas, 85% dos alunos que ingressam na UFSM são provenientes de escolas particulares da região central do Rio Grande do Sul e de outros pontos do Estado. Marinho lembra que Santa Maria conta apenas com duas escolas de ensino médio privadas e 10 instituições de ensino médio da rede pública.

Para incrementar a mobilização, o MNU de Santa Maria produzirá faixas e camisetas com slogans para incentivar a comunidade estudantil e população em geral a garantir a aprovação do sistema de cotas na universidade federal. Ao comentar sobre a aprovação da ação afirmativa na UFRGS, Marinho lembra que a iniciativa será um avanço para a adoção das cotas também em Santa Maria e junto à Universidade Federal de Pelotas, que fica no sul gaúcho. "A partir das cotas temos que incrementar o debate em torno da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. Este irá ratificar todas as conquistas", concluiu o dirigente.

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