A CASA DO OSCAR

Tuesday, June 19, 2007

FILMES AFRICANOS PODERÃO SER COMPRADOS PELA INTERNET

Dentro de alguns meses, a sociedade sul-africana Mnet será a detentora da quase-totalidade dos direitos de difusão na Web dos clássicos do cinema africano, e isso por um prazo de ao menos um quarto de século. Em menos de dois anos, este poderoso canal de televisão adquiriu mais de 400 filmes, dos quais ela possui os direitos de exibição na Internet para o mundo inteiro e, em muitos casos, também os direitos de difusão em salas e na televisão para o continente africano. O
projeto tem por nome "African Film Library". Esta biblioteca do cinema africano tem por objetivo explícito "de oferecer uma solução pan-africana radical para o desafio histórico da distribuição". A Mnet é o principal canal do conjunto de TVs por assinatura, oferecidas pela empresa DSTV, que pertence ao grupo Naspers, o gigante dos veículos de comunicação sul-africanos.

Todos os principais cineastas foram procurados um após o outro por Mike Dearham, encarregado das compras. A notícia não demorou a se espalhar pelo pequeno mundo dos realizadores africanos. Em Uagadugu (Burkina Faso), durante a mais recente edição do Fespaco, este sul-africano, que estava instalado no terraço do Hotel Indépendance, um dos mais importantes pontos de encontro durante o festival, assinava na mesma hora cheques em dólares para os cineastas dispostos a vender os seus direitos.

Mike Dearham não gosta de falar de números, mas, segundo várias fontes, a Mnet paga entre US$ 25.000 e US$ 40.000 (entre R$ 48.600 e R$ 77.800) por filme, para adquirir seus direitos por um prazo de 25 anos. Assim, o canal teria investido cerca de US$ 5 milhões (R$ 9,72 milhões) neste projeto. "Nós pretendemos adquirir o melhor do cinema africano e conferir uma nova vida a esses filmes", explica Mike Dearham. "Até o momento, eles não foram nem distribuídos nem comercializados corretamente. As salas de cinema não existem mais neste continente; agora, o futuro é o filme 'on demand', que pode ser comprado e visionado na Internet".

Os meus filmes estão dormindo dentro de gavetas há anos. Eles vêm acumulando poeira, nada mais. A proposta da Mnet é a única que existe atualmente no mercado; então, vale a pena aceitá-la", explica Pierre Yaméogo, um cineasta burquinabê, autor, entre outros, de "Wendemi" (1993), "Eu e Meu Branco" (2003) e "Delwende" (2005). Este último irá assinar em breve um contrato com Mike Dearham. "A duração, de 25 anos, me parece um pouco excessiva, mas eles sabem que nós não temos escolha", acrescenta o realizador. "Ao menos, não será pior do que a proposta da CFI (Canal France International), que nos pagava 7.000 euros (R$ 18.200) para uma exclusividade de dois anos e oferecia os nossos filmes gratuitamente às televisões africanas".

Todos os principais cineastas foram procurados um após o outro por Mike Dearham, encarregado das compras. A notícia não demorou a se espalhar pelo pequeno mundo dos realizadores africanos. Em Uagadugu (Burkina Faso), durante a mais recente edição do Fespaco, este sul-africano, que estava instalado no terraço do Hotel Indépendance, um dos mais importantes pontos de encontro durante o festival, assinava na mesma hora cheques em dólares para os cineastas dispostos a vender os seus direitos. Mike Dearham não gosta de falar de números, mas, segundo várias fontes, a Mnet paga entre US$ 25.000 e US$ 40.000 (entre R$ 48,6 mil e R$ 77,8 mil) por filme, para adquirir seus direitos por um prazo de 25 anos. Assim, o canal teria investido cerca de US$ 5 milhões (R$ 9,72 milhões) neste projeto. "Nós pretendemos adquirir o melhor do cinema africano e conferir uma nova vida a esses filmes", explica Mike Dearham. "Até o momento, eles não foram nem distribuídos nem comercializados corretamente. As salas de cinema não existem mais neste continente; agora, o futuro é o filme 'on demand', que pode ser comprado e visionado na Internet".

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