PORTO ALEGRE, AMOR, VIDA E SAUDADE

Nasci chorando Moinhos de Vento, subi no bonde e desci correndo... a boa funda de goiabeira, jogar bolita, pular fogueira. Nasci nesta encantadora cidade. Esta é a Porto Alegre, a cidade que ocupa um cantão em minha vida. Cidade que abriga minha família, pessoas que amo, cidade onde construi a minha história. Cercada de morros, Porto Alegre tem uma rua da Praia que não tem praia. É isso mesmo. É a principal rua central da cidade. Tem boemia, tem Lupicínio Rodrigues com seu chão de estrelas derramado pelos espaços da Cidade Baixa. Tem o Bom Fim revolucionário e polêmico bairro. Tem a Guerra do Bom Fim de Moacir Scliar. Tem o Trem Bala de Marta Medeiros. Tem gremista e colorado. É a minha terra natal. Protegida por Deus e encravada no Leste Gaúcho, Porto Alegre é composta por descendentes de 25 etnias, sendo que a maior parte é descendente de italianos, alemães e portugueses que vieram do interior do Estado. Não podemos deixar de falar da presença africana registrada nesta cidade, a qual abriga o primeiro quilombo urbano do Brasil, o Quilombo da Família Silva, localizado no bairro Chácara das Pedras. Porto Alegre também já foi sede e morada de um príncipe africano, o qual circulada pelas ruas da Cidade Baixa. Porto Alegre é também negra em sua cultura e em sua história. É uma cidade com sincretismo religioso. De um lado os católicos, do outro os umbandistas.
As crenças, as lendas, os hábitos, os costumes e as tecnologias dessas diferentes etnias e culturas formam o mosaico cultural que identifica e apresenta a Porto Alegre do século XXI. A cidade tem o corpo de uma metrópole, o espírito cosmopolita e a alma de uma província. Quem circula nas ruas de Porto Alegre, espanta-se com a perenidade de sua vegetação, de seus morros e de seu lago, o Guaíba. O turista deleita-se com a perdurância de seus prédios históricos e admira-se com a freqüência dos encontros nas calçadas e nas praças. Agrega-se a esse cenário, onde o tempo parece ter parado, o vai-e-vem acelerado da cidade grande.

Não deixe de visitar este "cantinho" desta casa. Porto Alegre te recebe com carinho, seja no caloroso verão ou então no agradável inverno, onde você pode até "lagartear" sob a sombra dos jacarandás da Praça da Alfândega, ou, se quiser, comer pipoca e andar de pedalinho no lago da Redenção. Ver o Pôr-do-Sol do Guaíba, defronte a Usina do Gasômetro, abraçado a um grande amor? Também é uma boa pedida. Tomar chimarrão com os amigos naquele churrasquinho de domingo? Ótimo. Isso também é viver Porto Alegre.