A CASA DO OSCAR

Friday, June 08, 2007

GOVERNO DE SANTA CATARINA ESTREITA RELAÇÕES COM A ÁFRICA

O Governo do Estado de Santa Catarina busca uma relação mais estruturada com os países africanos para troca de experiências na área de desenvolvimento regional. O secretário-executivo da Articulação Internacional, Vinícius Lummertz, manteve reunião no último dia 31 de maio com uma comitiva liderada pelo embaixador do Zimbábue no Brasil, Thomas Bvuma.

Os africanos estão no Brasil para tratar das relações bilaterais entre os dois países. No último dia 1º de junho o embaixador e seu grupo tiveram reunião com a direção da Epagri e do programa Microbacias 2 para conhecerem detalhes do programa financiado com recursos do Banco Mundial.

De acordo com Lummertz, a idéia é promover um tipo de intercâmbio de longo prazo, que independa dos aspectos conjunturais de Santa Catarina e do Zimbábue. Segundo ele, o Governo do Estado tem interesse em estreitar as relações com uma vasta região, que vai do cone sul da África do Sul até os países árabes do norte da África, como o Egito. Esta aproximação, defende, poderá resultar em negócios futuros e pode se transformar num modo mais eficiente de efetivar relações comerciais do que o simples envio de missões empresariais.

Conforme o secretário, o programa Microbacias 2 será a forma de estreitar as relações com o país africano.Segundo o embaixador, o interesse em trocar experiências surgiu em fevereiro, quando visitaram o Estado pela primeira vez e mantiveram audiência com o governador Luiz Henrique e estiveram também na sede da Fiesc (Federação das Indústrias). "Precisamos aprender com as experiências bem sucedidas de Santa Catarina, principalmente na área de agricultura", afirmou ele, revelando que em seu país as grandes cidades estão inchando em função da falta de oportunidades nas áreas rurais.

O Zimbábue possui densas florestas e é rica em recursos naturais, propiciando boas oportunidades para a produção agrícola, informou o diplomata.Durante a reunião entre os representantes do Zimbábue e de Santa Catarina ficou constatado que ambos têm as bases para fazer intercâmbio em diversas áreas. Segundo os africanos, o país tem interesse no conhecimento e na experiência catarinense na área agropecuária na produção de gado, aves, suínos, implementos agrícolas, fertilizantes, fumo, chá, arroz e flores.

Eles manifestaram interesse em uma plataforma que possa atender toda a região do Zimbábue na África. Um dos pontos levantados foi a sanidade animal e produção de vacinas. O embaixador pretende designar dois técnicos de alto nível para aprofundarem seus conhecimentos quanto ao Microbacias 2.Vinícius Lummertz garantiu a boa-vontade catarinense para interceder junto ao Banco Mundial no sentido de implementar programa semelhante no Zimbábue. "O sub-desenvolvimento dos países africanos é resultado de anos de exploração e precisa acabar.

O espírito de cooperação entre os países deve ser incentivado e o reconhecimento que o Banco Mundial deu a Santa Catarina com o sucesso do Microbacias 2 é um aval e tanto para que esta relação seja duradoura e traga benefícios para todos os parceiros", avaliou o catarinense.Um dos objetivos iniciais da visita da comitiva é o de estreitar relações e buscar atrair empresas com interesse de se instalar no Zimbábue.

Os membros da comitiva deixaram claro que buscam conhecer os esforços catarinenses na área de industrialização da matéria-prima, o que pode se transformar numa oportunidade para empresas do estado que queiram investir no Zimbábue. Segundo eles, existe uma grande demanda para tratores e implementos agrícolas naquele país.

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